Candidíase

A micose candidíase é uma doença,causada pelo fungo Candida albicans. A candidíase assume particular importância clínica em infecções da boca e mucosa vaginal benignas, e em infecções sistémicas malignas em doentes com SIDA/AIDS.

Candida albicans

As cândidas são leveduras ovais com cerca de 5 micrômetros que se multiplicam assexuadamente por gemulação. Por vezes existem simultaneamente formas de micélios típicos com hifas, ou pseudomicélios, que são formas coloniais sem hifas verdadeiras.
A Candida albicans é o patogênio da espécie mais frequente, causando mais de dois terços das infecções, mas outros como Candida tropicalis, Candida kefyr, Candida glabrata ou Candida parapsilosis também são responsáveis por casos de candidíase.

Nem sempre transmissível pelas relações sexuais com período rápido de manifestação, com um ciclo total podendo ocorrer em um ou dois dias após o contágio. Cabe ressaltar que a C. albicans faz parte da microbiota normal da vagina. Sua proliferação é que está normalmente relacionado com a manifestação da candidíase vaginal.

A Candidiase pode ser manifestada por imunidade baixa, isto é, baixa defesa do organismo; podendo estar relacionada ao estress, e a doenças como diabetes.

Epidemiologia
Existente em todo o mundo.


As cândidas se aproveitam de debilidade ou imunodeficiência para se multiplicar e disseminar além dos níveis normais.

Sintomas

Os sintomas mais frequentes da Candidíase a nível oral são a dor e vermelhidão da boca e mucosa, podendo também haver manchas brancas ou placas na mucosa da língua e bochecha. Já ao nível dos órgãos genitais são frequentes a comichão, vermelhidão e irritação da zona exterior da vagina bem como, uma secreção branca e espessa no caso das mulheres e o inchaço e vermelhidão do pênis e prepúcio no caso dos homens.

Diagnóstico e Tratamento

A candidose pode afetar vários tecidos humanos. Na boca é popularmente chamadada no Brasil de "sapinho", acometendo principalmente crianças. Pode ocorrer na pele, mucosas genitais (Candidíase Vulvovaginal), ou mais raramente tecidos internos, particularmente em imunodeprimidos (SIDA, quimioterapia).


A presença de hifas e leveduras observadas ao microscópio é diagnóstica, assim como a cultura com crescimento do fungo embora ambas não tenham sensibilidade muito elevada. A sorologia, com detecção de anticorpos específicos também é disponível porém pouco útil na pratica clínica pela baixa acurácia.

O tratamento das infecções sistêmicas pode ser realizado com medicações endovenosas ou orais com antifúngicos como anfotericina B, caspofungina ou com derivados de azol, como fluconazol e itraconazol, enquanto o das infecções superficiais é feito pela aplicação de antimicóticos tópicos como nistatina, clotrimazol, miconazol entre outros.